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Capital de Giro na Advocacia: Guia para manter as contas em dia
Escrito por: Equipe JusCash
O Capital de Giro na Advocacia é a reserva financeira vital que sustenta as operações rotineiras do escritório. Ele garante que as obrigações diárias, como aluguel, salários e softwares, sejam cumpridas, mesmo com a defasagem no recebimento de honorários.
Essencialmente, este recurso é o indicador primário da liquidez do negócio jurídico. Sem ele, o advogado entra no ciclo perigoso de “pagar para trabalhar”. Neste artigo, você entenderá como calcular sua necessidade de caixa e como manter a estabilidade financeira mesmo em períodos de baixa demanda ou recesso forense.
O que é Capital de Giro e para que serve?
No setor jurídico, o Capital de Giro representa os recursos necessários para cobrir os custos operacionais enquanto os honorários não caem na conta.
Diferente de uma reserva de lucro, o capital de giro é o “pulmão” do escritório. Segundo dados do SEBRAE, a falta de capital de giro é uma das principais causas de fechamento de empresas no Brasil. Nesse sentido, no Direito, essa importância é redobrada devido ao ciclo financeiro longo, onde um processo pode levar anos para ser concluído.
O capital de giro demonstra os valores que o escritório já possui para quitar obrigações de curto prazo. Com isso, garante-se que a estrutura permaneça ativa sem depender de empréstimos bancários caros.
De forma geral, a recomendação é que a empresa tenha um Capital de Giro capaz de suprir a falta de entradas financeiras por, no mínimo, seis meses. Assim, é possível reduzir o impacto da imprevisibilidade sobre a manutenção do negócio.
A importância estratégica do Capital de Giro na advocacia
Para o advogado, o Capital de Giro é o que sustenta o ciclo financeiro do negócio. Ou seja: é o montante que cobre o tempo entre o investimento inicial em uma causa (horas técnicas, custas, equipe) e o momento em que o lucro efetivamente entra no caixa.
Com essa reserva, o gestor jurídico entende por quanto tempo consegue manter a estrutura sem depender de novos recebimentos. Caso contrário, o escritório cai na armadilha da gestão reativa.
Os riscos da gestão reativa
Quando o Capital de Giro não é priorizado, a rotina financeira torna-se um “apagar de incêndios”. O advogado passa a priorizar apenas as demandas mais urgentes conforme elas surgem, o que compromete a saúde do negócio a longo prazo:
- Impossibilidade de reserva de emergência: O caixa vive no limite, impedindo investimentos em tecnologia ou marketing.
- Atrasos críticos: O risco de atrasar pagamentos de colaboradores e fornecedores aumenta significativamente em meses de baixa.
- Vulnerabilidade na sazonalidade: Eventos como o recesso forense tornam-se períodos de crise, pois o escritório continua tendo custos fixos, mas com uma queda drástica na entrada de valores.
Antecipação e Planejamento
Lidar com a imprevisibilidade de ganhos exige que o advogado/gestor saiba se antecipar a eventos extraordinários. Para realizar uma gestão adequada do Capital de Giro, é preciso ter controle total sobre o fluxo de caixa.
Dica de Especialista: Se você quer profissionalizar sua gestão, comece pelo básico. Leia nosso conteúdo sobre planejamento financeiro para escritórios de advocacia para dominar suas métricas.
Como funciona o Capital de Giro na Prática?
Para entender a dinâmica financeira de um escritório, precisamos olhar para além do saldo bancário atual. Vamos analisar os três pilares fundamentais da operação:
1. O Ciclo Financeiro do Advogado
O ciclo financeiro começa no momento em que você paga a primeira despesa de um novo processo (despesas, deslocamento, horas da equipe) e termina apenas quando o valor entra em caixa.
- Exemplo: Se você iniciou uma ação em janeiro, mas o honorário só é recebido em Dezembro, o seu Capital de Giro precisou sustentar 11 meses de operação para aquele caso específico.
2. Como calcular a Necessidade de Capital de Giro (NCG)
Não use apenas o “feeling”. Use a fórmula matemática para precisão:
NGC = (Contas a receber + Valor que já está em caixa) – (Contas a Pagar)
3. Exemplo Prático de Gestão de Caixa
Imagine o seguinte cenário:
- Custos Mensais (Fixos + Variáveis): R$ 10.000,00
- Prazo médio de recebimento: 6 meses
- Cálculo: Você precisaria de, no mínimo, R$ 60.000,00 em reserva apenas para manter o escritório aberto enquanto aguarda os recebimentos, sem considerar margem de segurança.
Quais são os 3 tipos de Capital de Giro?
Para uma gestão estratégica, identifique em qual categoria seu escritório se enquadra:
- Capital de Giro Próprio: Recursos gerados pelo próprio escritório (lucros retidos). É o cenário ideal, pois não gera custos financeiros (juros).
- Capital de Giro Líquido (CGL): É a folga financeira total. Calculado pela diferença entre o Ativo Circulante e o Passivo Circulante.
- Capital de Giro de Terceiros: Quando o escritório busca recursos externos (bancos ou antecipação) para suprir o caixa. Aqui, a antecipação de honorários se destaca por não criar uma dívida, mas sim adiantar um ativo que já é seu.
Fatores que reduzem o capital de giro
Vários “ralos” financeiros podem esvaziar seu caixa rapidamente:
- Inadimplência de Clientes: Honorários contratuais parcelados que não são pagos.
- Retiradas (Pró-labore) excessivas: Confundir o dinheiro do escritório com o dinheiro pessoal.
- Recesso Forense: Período de baixa movimentação processual onde as entradas diminuem, mas os custos permanecem fixos.
- + Alguns que citamos no nosso infográfico abaixo.
Solução Imediata para ter Capital de Giro
Muitas vezes, mesmo com um bom planejamento, o “gap” financeiro se torna insustentável. Entretanto, recorrer a empréstimos bancários tradicionais é cair em uma armadilha de juros compostos que consome sua margem de lucro.
A boa notícia é que você pode utilizar a antecipação de honorários advocatícios. Em vez de esperar meses ou anos por uma expedição de RPV ou Precatório, você transforma esse direito em dinheiro imediato no caixa.
Por que escolher a JusCash?
A JusCash é especialista em entender a realidade do advogado. Assim, ajudamos na estruturação da sua vida financeira com agilidade e transparência:
- Liquidez em até 24 horas, após os trâmites de cessão.
- Sem dívidas: Você não está pegando um empréstimo, está adiantando o seu próprio faturamento.
- Foco no crescimento: Use o valor para investir em novas causas, tecnologia ou expansão do seu escritório.
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Perguntas Frequentes sobre Capital de Giro
O que é Capital de Giro?
É o dinheiro necessário para o escritório pagar suas contas e continuar operando enquanto os honorários dos processos não são recebidos.
Por que esse valor é importante?
Ele garante que você pague funcionários, impostos e fornecedores em dia, mesmo durante o longo tempo de tramitação dos processos ou no recesso forense.
Qual a diferença entre Capital de Giro e lucro?
O Lucro é o que sobra após pagar todas as despesas (é a rentabilidade). O Capital de Giro é o dinheiro que circula para manter a operação viva (é a liquidez). Você pode ter um escritório lucrativo no papel, mas falir por falta de capital de giro para pagar as contas do mês.
De quanto deve ser o capital de giro do meu escritório?
Recomenda-se uma reserva que cubra entre 6 a 12 meses de custos fixos, dependendo do tempo médio de encerramento dos seus processos.
Como conseguir Capital de Giro?
Existem três caminhos principais:
- Reinvestimento: Reservar parte do lucro de cada causa vencida.
- Redução de Custos: Otimizar gastos fixos para diminuir a necessidade de caixa.
- Antecipação de Honorários: A forma mais rápida de injetar liquidez sem contrair dívidas bancárias, utilizando valores de RPVs ou Precatórios que você já tem direito a receber.
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